O riso , morde as orelhas
do garoto, que para o alto olha,
procurando as telhas
das casas pequenas,
que rodeiam a selva,
onde, índios se vestem
com coloridas penas.
Nisso, um rodamoinho,
Numa mágica coreografia
Dança no maior alinho.
E do meio do fenômeno,
Numa perna só, saltitando,
Aparece um garoto,
Com um roto boné vermelho
Tendo na boca um cachimbo.
É o saci, moleque travesso,
Que, vira sempre tudo do avesso.
Vê, do menino, a alegria
E quer saber, da euforia, o porquê.
Zezinho, o garoto feliz,
diz ao destrambelhado:
- Caiu o meu dente,
O meu dente de leite!
Arteiro como ele só,
Saltitando numa perna só,
Agarra o menino, apanha o dente,
Atravessa o rio de água quente!
Zezinho, busca alcançá-lo.
Em altos brados, grita:- vou laçá-lo!
Dê-me o dente... O meu dente de leite!
Na rapidez de um raio
Zezinho se aproxima
O saci num gesto ousado,
Atira o dente ao alto, dizendo:
_ Que nasça outro bom!
Mas o fino dente, leve como pena
Flutua no ar e de repente cai:
Dentro de um fervente
Tacho de água e sabão!
Zezinho chora de pena! marianice
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