segunda-feira, 24 de junho de 2013


     

Esquecida

 

Caminhando, a passos lentos numa praia de areia alva, avisto  assim de repente uma linda flor colorida.

A rosa ali solitária, como um diamante que brilha ao sol, leva lambadas do vento que do mar  vem em brisas, beijando as pétalas daquele ser em coma.

Sem acaso ou por acaso, alguém ali a colocou, oferecendo-a à iemanjá, ou talvez por um descuido caiu de alguma mão,  que a havia recebido como prova de uma grande amor.

São conjecturas, que a mente da gente martela, são suposições que nosso coração enreda.

Continuo ali parado, e sinto  o aroma  daquela rosa, que se  esvai, à aquele corpo já não pertence, foge prá não junto com ele fenecer.

Vejo-me agora sentado junto a tão pequena flor, observo mais e mais e percebo que as folhas  já murchas estão; dizem adeus, saindo de mãos dadas com as pétalas coloridas, fugindo daquela tristeza, não vendo então seu triste fim.

As ondas num vai e vem tenta levar para o fundo do mar o que resta da moribunda.

O pensamento voa, e penso muito além: Uma rosa que muito evento ornamentou, que muito amante ofereceu, a flor que enfeita do nascimento a morte, está agora neste momento assistindo seu triste fim.

Que ironia! Sem nada a lhe homenagear.

Ou em reflexão chego a conclusão que o mar é neste momento seu maior admirador.!

 

Marianice Paupitz Nucera

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