quinta-feira, 5 de abril de 2012

    Reflexo


Dobra-se uma pele,
outra, e mais outra,
é um plisse se formando.

Dobra-se um tecido,
uma, outra, e mais uma vez,
é uma saia de plissê!

Hoje no rosto as rugas,
resultado das rusgas.
No armário, o vestido
de plissê, pendurado.

No rosto as dobras,
                                                                   das cansadas sobras
de todas as suas obras
de um  tempo que se foi!

O vestido  de plissê
está no armário, empoeirado.
O rosto,  com pó de arroz,
está no espelho em plissê!

Poesia vencedora em 2º lugar do Concurso de Poesia (Osmair Zanardi) Academia Araçtubense de Letras (em 2009.)

Um comentário:

  1. Eita, poema bonito pra diacho, siô!

    Amei esse plissê poético.

    Putz! Estou com plissê. Tudo na poesia é lindo! Quando é na gente, pelo menos em mim... tô fora!

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